“Apenas os pequenos segredos precisam ser guardados, os grandes ninguém acredita” (H. Marshall)

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UMA VISÃO ESOTÉRICA DA CHAMA TRINA


As tríades parecem compor o universo da evolução consciencial humana. Um sem-número de realidades espirituais estão nestes termos figuradas, dos Gunas, Ritmos e Elementos primários até as Trindades ou Trimurtis universais, passando por sucessivas evoluções intermediárias. A Árvore Sefirotal é uma estrutura tipicamente edificada em tríades, para não mencionar a importância geométrica fundamental deste princípio, posto que o triângulo representa o verdadeiro “tijolo” do cosmos por ser a primeira forma cerrada que existe.

A Chama Trina foi dada no rol dos ensinamentos da Grande Fraternidade Branca durante o século passado, mas o conteúdo e significado mais profundos desta revelação ainda tem sido pouco explorado.
No geral esta “chave” é empregada apenas na Meditação das Chamas, sem maiores especificações, nas várias escolas associadas à Grande Fraternidade Branca (onde se destaca na verdade o trabalho da Chama Violeta). 
É também chamada de “Chama da Liberdade” e associada aos Três Raios de Aspectos divinos.

A Chama Trina é colocada no coração, onde também estaria radicada a Mônada (conforme Alice A. Bailey), e nisto temos uma primeira indicação. Contudo, o coração em questão não seria o Chakra Anahatha de doze pétalas do Hinduísmo, e sim o Chakra Ananda Kanda (ou coração espiritual) de oito pétalas do Budismo (por vezes mostrado dentro do chakra de doze pétalas).

Porém, ao estar no coração, significa também que ali se abre o acesso à Tríade Superior de centros, potencializando estas conexões superiores. Nesta fase, a Tríade Inferior já se acha composta –e como dissemos de início, o triângulo representa o “tijolo” do universo. Então ela está pronta para servir como ferramenta alquímica transformadora; o ser humano acha-se dotado então de certas faculdades-de-síntese. Por isto o mandala hindu do Chakra Anahatha mostra um exagrama ou selo-de-seis-pontas -é o que permite, aliás, seja a analogia do cristal como a do arco-íris.

Trishula celta
Como sugere a imagística, a Chama Trina representa efetivamente uma fórmula de unidade e de integração. Ao despertar a consciência no chakra cardíaco, podemos começar os trabalhos mais avançados de síntese de energias que conduzirão à iluminação e, daí ao Adeptado e até à Ascensão espiritual em alguns casos, para quem estiver preparado e também destinado, neste caso, a integrar as fileiras da Hierarquia espiritual.


A iluminação verdadeira representa uma conquista maior que começa a estar acessível para a humanidade na Nova Era. Aquilo que se fazia antigamente era apenas antevisões desta realidade, pois somente agora desperta na humanidade o chakra do coração, uma vez que se trata do surgimento da quarta humanidade, apta a ativar este quarto chakra também.



A ascensão também está disponível, como expressão da Sexta Iniciação (integrando ainda, portanto, as energias da Chama Trina), porém em casos mais raros uma vez que caracteriza a nova Unificação Vicária, ou o Adeptado Único nas gerações. Ainda assim, a Espiritualidade permite a organização de grupos ascensionais para a liberação coletiva, que são as naves místicas da Merkabah, devidamente capitaneadas por um Chohan ou mestres de Sexta Iniciação.


A Chama Trina pode ser descrita como a primeira fase de diferenciação da Mônada, através da Tríade Superior de chakras, ou seja: coração, garganta e cabeça. Por esta razão, através desta “chave trina” nós podemos buscar a reintegração da unidade monádica, que é a própria iluminação, através da ascensão de kundalini. Esotericamente falando, a Chama Trina representa as três correntes ou canais principais da “energia” kundalini: o solar (pingala), o lunar (ida) e o neutro (sushumna).
Para ativar realmente a Chama Trina, cabe pois trabalhar esotericamente com os chakras superiores. As energias gerais da espiritualidade (e talvez da vida em geral) são: som, amor e luz. Na Chama Trina, as correspondências seriam estas:


Chamas    Vermelha    Amarela      Azul
Chakras    Coração      Garganta     Cabeça
Energia    Amor          Som             Luz
Canais      Solar           Neutro         Lunar




Nesta fase, tal tríade se manifesta da forma mais refinada, através de mantra, compaixão e irradiação. O mantra OM MANI PADME HUM trata disto tudo: Om (cabeça), Mani (garganta) e Padme (Coração). O Hum -e o Hrih secreto também- podem ser associados aos chakras restantes (o sistema budista conta apenas com quatro e às vezes com cinco chakras, unificando os extremos), mas dizem respeito também às combinações destas energias. O próprio OM já pode significar uma prática semelhante, de forma mais concisa, e o Anushwara nele contido ainda mais.

No Hinduísmo, o tema diz respeito ao trabalho esotérico do Pramantharani, simbolizado pela “arte de fazer o fogo” (do que temos tratado em outras matérias), isto é, a criteriosa busca ocultista da iluminação, que é também indubitavelmente a Opus Magna dos alquimistas.

Leia também:
A Chave Trina: uma recapitulação final
O Pramantha: técnica & cânone da Iniciação


Luís A. W. Salvi é filósofo holístico e autor polígrafo com cerca de 140 obras, e na última década vem se dedicando especialmente à organização da "Sociologia do Novo Mundo" voltada para a construção sócio-cultural das Américas.

Contatos: webersalvi@yahoo.com.br 
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