“Apenas os pequenos segredos precisam ser guardados, os grandes ninguém acredita” (H. Marshall)

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O que é ser um “filho de Deus”? As etapas da Senda


Para algumas culturas falar em filiação divina soa a blasfêmia, mas a rigor pode nem ser algo tão misterioso assim –sem pretender entrar aqui em grandes debates teológicos naturalmente. Tema tão complexo merece naturalmente várias capas de interpretação, nem por isto iremos banalizar o assunto. Evitaremos generalidades polêmicas do tipo: “tudo é sagrado e todos são Seus filhos” (isto pode ofender os ateus e agnósticos), ou “todos que assim querem ser o serão” (afinal querer é uma coisa e poder é outra bem diferente); e tampouco iremos endossar dogmas (como um batismo qualquer como pressuposto de pré-salvação).

Seguiremos assim por etapas, como soer de resto acontecer na própria evolução espiritual. As etapas raciais descritas, anuncia o grau que a humanidade estava limitada em cada período evolutivo, ainda que estes imites pudessem ser superados em alguns raros casos em que o iniciado viesse a cursar os caminhos especiais da Loja Branca em si para ser um mestre ou um apóstolo em seu tempo.

I. A filiação espiritual a Deus demanda seguramente mérito e dedicação. Porém, sabe-se que existem vários casos em que a pessoa é espiritualmente chamada, convocada, convidada a seguir um caminho espiritual. Este chamamento se designa, precisamente, pelo termo “vocação”, do latim vocare, “chamar”. Este seria o primeiro estágio da condição de “filho de Deus”, quiçá uma fase probatória ainda; de modo que ao leigo em geral, esta característica não se aplicaria.

Alguém recebe uma “experiência prévia” que é como uma revelação, e que depois pode até passar e terminar, mas ela pode ficar marcada para sempre. Neste caminho ele aprende que não está só e que a vida não termina neste mundo, que as forças espirituais o assistem e orientam para servir cada vez melhor e para alcançar rumos infinitos.
Para despertar e sustentar esta experiência, a pessoa comumente encontra um ensinamento espiritual, o qual serve de catalisador para despertar a sua alma. Tal coisa foi notável com São Francisco de Assis (entre outros), que teve seu despertar espiritual sob o conhecimento dos Evangelhos de Jesus. Nesta fase ocorre pois o contato com o Mestre Mundial, o avatar da Era.

Este chamamento dá direção e determinação ao indivíduo, tira muitas dúvidas e lhe dá coragem. Ali o Pai se revela pela primeira vez em Espírito. Caso a pessoa responda ao chamado, ela expressa a sua “intenção de filiação” verdadeira. Neste caso, a pessoa tende a ser apartada do mundo, e a buscar a reclusão e o isolamento visando fortalecer este contato interior, quando a pessoa se dedica especialmente ao serviço espiritual, onde se abrem as “galas” da primeira iniciação. Esta foi a iniciação coletiva da raça-raiz lemuriana que remonta ao final do período paleolítico.

II. Mais tarde, depois que a pessoa se acha mais fortalecida espiritualmente e pela devoção, ela pode realizar uma reaproximação gradual e calculada com o mundo, a fim de ajudar a humanidade nas suas lutas e necessidades. Nesta etapa se costuma conhecer um o Mestre pessoal encarnado –alguém que “está com Deus”, e no Oriente também se chama um discípulo de “filho do Mestre”, motivando o serviço exterior que aprofunda a divina filiação sinalizando a vida de apostolado que caracteriza a segunda iniciação. Esta foi a iniciação grupal da raça-raiz atlante, que abriu o período neolítico.

III. Tecnicamente, porém, consta que apenas na terceira iniciação (quando se aprofunda a meditação) a consciência estará estabilizada, quando o buscador realmente encontra o seu o Mestre Interno, que alguns também chamam de Eu Superior. No Budismo isto é chamado “aquele que não mais retorna” (a reencarnar ou, esotericamente, a desestabilizar a consciência e a se identificar com as “coisas da carne”). De forma interessante, é nesta mesma iniciação, dita também “solar”, que o iniciado tem o contato e a visão do Senhor do Mundo, Sanat Kumara. De modo que ali se consolidaria realmente uma longa etapa da jornada, iniciada com a sua primeira convocação para buscar a luz e a verdade. Esta foi a iniciação que caracterizou coletivamente a raça-raiz árya extinta agora em 2012.

IV. Ato seguinte, surge a grande provação da condição humana e que a coroa como tal, através da chamada “crucificação espiritual” da quarta iniciação que prepara a maestria universal, onde a matéria é diretamente confrontada com o espírito e o iniciado recebe uma prova-de-morte, virtual se vencer e real se for derrotado. Neste momento ele diz: “ - Pai, porque me abandonastes?” Ele é aparentemente abandonado porque tem chegado à sua maioridade espiritual, tem forças para suportar as mais duras provas, e ainda assim apenas o fará se demonstrar os méritos necessários, ou seja, mais uma vez terá a “assistência dos anjos”.

Aqui entra a descrição de que “o Adepto tem os seus corpos destruídos e necessita refazê-los”, segundo as transmissões de Alice A. Bailey. Tal formulação não dá uma ideia exata dos fatos, a destruição não seria completa como pode chegar a sugerir a frase, porém a sobrevivência depende do despertar novos poderes (através da iluminação real e da ascensão da energia kundalini) e também de manter a fidelidade às coisas superiores, como fonte infinita de energias. Esta energia é aquela que “tem a vida em si mesma” como disse Jesus de seu Pai, de modo que doravante o iniciado pode dizer eu “Eu e o Pai somos um só”. Esta será a iniciação grupal da raça-raiz americana emergente.

A filiação divina está perfeita neste momento, a condição humana se acha completa como criatura ideal: integrada, equilibrada e “suspensa” entre o céu e a terra. Porém a evolução ainda pode prosseguir, através de estágios que atualmente se associam com graus próprios de hierarquias maiores exclusivas como são as dos Adeptos e dos Avatares. O Adeptado é um grau exclusivo (“unificação vicária”) em cada geração humana; e a Avatarização é uma condição exclusiva (“unigênito espiritual”) em cada Era astrológica mundial. Um Avatar se confunde com deus em certos sentidos, ao renovar ou preservar a Criação e a humanidade.

por Luís A. W. Salvi (LAWS)

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