Para algumas culturas
falar em filiação divina soa a blasfêmia, mas a rigor pode nem ser algo tão
misterioso assim –sem pretender entrar aqui em grandes debates teológicos
naturalmente. Tema tão complexo merece naturalmente várias capas de interpretação,
nem por isto iremos banalizar o assunto. Evitaremos generalidades polêmicas do
tipo: “tudo é sagrado e todos são Seus filhos” (isto pode ofender os ateus e
agnósticos), ou “todos que assim querem ser o serão” (afinal querer é uma coisa
e poder é outra bem diferente); e tampouco iremos endossar dogmas (como um
batismo qualquer como pressuposto de pré-salvação).
Seguiremos assim por etapas, como soer de resto acontecer na própria evolução espiritual. As etapas raciais descritas, anuncia o grau que a humanidade estava limitada em cada período evolutivo, ainda que estes imites pudessem ser superados em alguns raros casos em que o iniciado viesse a cursar os caminhos especiais da Loja Branca em si para ser um mestre ou um apóstolo em seu tempo.
Seguiremos assim por etapas, como soer de resto acontecer na própria evolução espiritual. As etapas raciais descritas, anuncia o grau que a humanidade estava limitada em cada período evolutivo, ainda que estes imites pudessem ser superados em alguns raros casos em que o iniciado viesse a cursar os caminhos especiais da Loja Branca em si para ser um mestre ou um apóstolo em seu tempo.
I. A filiação espiritual a
Deus demanda seguramente mérito e dedicação. Porém, sabe-se que existem vários
casos em que a pessoa é espiritualmente chamada, convocada, convidada a seguir
um caminho espiritual. Este chamamento se designa, precisamente, pelo termo
“vocação”, do latim vocare, “chamar”.
Este seria o primeiro estágio da condição de “filho de Deus”, quiçá uma fase
probatória ainda; de modo que ao leigo em geral, esta característica não se
aplicaria.
Alguém recebe uma
“experiência prévia” que é como uma revelação, e que depois pode até passar e
terminar, mas ela pode ficar marcada para sempre. Neste caminho ele aprende que
não está só e que a vida não termina neste mundo, que as forças espirituais o
assistem e orientam para servir cada vez melhor e para alcançar rumos
infinitos.
Para despertar e sustentar
esta experiência, a pessoa comumente encontra um ensinamento espiritual, o qual
serve de catalisador para despertar a sua alma. Tal coisa foi notável com São
Francisco de Assis (entre outros), que teve seu despertar espiritual sob o conhecimento
dos Evangelhos de Jesus. Nesta fase ocorre pois o contato com o Mestre Mundial,
o avatar da Era.
Este chamamento dá direção
e determinação ao indivíduo, tira muitas dúvidas e lhe dá coragem. Ali o Pai se
revela pela primeira vez em Espírito. Caso a pessoa responda ao chamado, ela
expressa a sua “intenção de filiação” verdadeira. Neste caso, a pessoa tende a
ser apartada do mundo, e a buscar a reclusão e o isolamento visando fortalecer
este contato interior, quando a pessoa se dedica especialmente ao serviço
espiritual, onde se abrem as “galas” da primeira iniciação. Esta foi a
iniciação coletiva da raça-raiz lemuriana que remonta ao final do período
paleolítico.
II. Mais tarde, depois que
a pessoa se acha mais fortalecida espiritualmente e pela devoção, ela pode
realizar uma reaproximação gradual e calculada com o mundo, a fim de ajudar a
humanidade nas suas lutas e necessidades. Nesta etapa se costuma conhecer um o
Mestre pessoal encarnado –alguém que “está com Deus”, e no Oriente também se
chama um discípulo de “filho do Mestre”, motivando o serviço exterior que aprofunda
a divina filiação sinalizando a vida de apostolado que caracteriza a segunda
iniciação. Esta foi a iniciação grupal da raça-raiz atlante, que abriu o
período neolítico.
III. Tecnicamente, porém, consta
que apenas na terceira iniciação (quando se aprofunda a meditação) a
consciência estará estabilizada, quando o buscador realmente encontra o seu o
Mestre Interno, que alguns também chamam de Eu Superior. No Budismo isto é
chamado “aquele que não mais retorna” (a reencarnar ou, esotericamente, a
desestabilizar a consciência e a se identificar com as “coisas da carne”). De
forma interessante, é nesta mesma iniciação, dita também “solar”, que o
iniciado tem o contato e a visão do Senhor do Mundo, Sanat Kumara. De modo que
ali se consolidaria realmente uma longa etapa da jornada, iniciada com a sua
primeira convocação para buscar a luz e a verdade. Esta foi a iniciação que
caracterizou coletivamente a raça-raiz árya extinta agora em 2012.
IV. Ato seguinte, surge a
grande provação da condição humana e que a coroa como tal, através da chamada
“crucificação espiritual” da quarta iniciação que prepara a maestria universal,
onde a matéria é diretamente confrontada com o espírito e o iniciado recebe uma
prova-de-morte, virtual se vencer e real se for derrotado. Neste momento ele
diz: “ - Pai, porque me abandonastes?” Ele é aparentemente abandonado porque
tem chegado à sua maioridade espiritual, tem forças para suportar as mais duras
provas, e ainda assim apenas o fará se demonstrar os méritos necessários, ou
seja, mais uma vez terá a “assistência dos anjos”.
Aqui entra a descrição de que “o Adepto tem os seus corpos destruídos e necessita refazê-los”, segundo as transmissões de Alice A. Bailey. Tal formulação não dá uma ideia exata dos fatos, a destruição não seria completa como pode chegar a sugerir a frase, porém a sobrevivência depende do despertar novos poderes (através da iluminação real e da ascensão da energia kundalini) e também de manter a fidelidade às coisas superiores, como fonte infinita de energias. Esta energia é aquela que “tem a vida em si mesma” como disse Jesus de seu Pai, de modo que doravante o iniciado pode dizer eu “Eu e o Pai somos um só”. Esta será a iniciação grupal da raça-raiz americana emergente.
A filiação divina está perfeita
neste momento, a condição humana se acha completa como criatura ideal:
integrada, equilibrada e “suspensa” entre o céu e a terra. Porém a evolução
ainda pode prosseguir, através de estágios que atualmente se associam com graus
próprios de hierarquias maiores exclusivas como são as dos Adeptos e dos
Avatares. O Adeptado é um grau exclusivo (“unificação vicária”) em cada geração
humana; e a Avatarização é uma condição exclusiva (“unigênito espiritual”) em
cada Era astrológica mundial. Um Avatar se confunde com deus em certos
sentidos, ao renovar ou preservar a Criação e a humanidade.
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