Hoje (18/02/2015) morreu um brasileiro no
corredor-da-morte na islâmica Indonésia, não mencionaremos o seu nome porque
esta não é exatamente uma homenagem –e sim uma metáfora esotérica-, embora
questionemos a severidade da pena. Os doze anos que passou na prisão parecem já
o suficiente. Agora a sua sorte foi decidida pelo pior. Pois bem.
Desde que nascemos recebemos toda uma carga de
informações e condicionamentos. Somos informados até que, ao contrário dos
bilhões de desditados de outras religiões, como cristãos somos seres imortais
–espiritualmente falando-, bastando para isto sujeitar-nos a alguns gestos
simbólicos na Igreja. Livres dos pecados de Adão! Salvos pelo sangue derramado
do Cristo.
Contudo, lá pelas tantas começamos a questionar
umas tantas coisas. Vivemos tempos de questionamentos, e de crises afinal. E
começamos a descobrir que existe um outro Jesus, quiçá mais parecido conosco,
oculto por detrás dos dogmas e dos silêncios eclesiais.
Também podemos descobrir que existem outras
religiões, e que quase tudo o que nos ensinaram pode ser falso. Tais coisas
poderiam nos recolocar em situações frágeis as quais nem sempre nos
apercebemos: seremos realmente imortais?!? A fuga para outras crenças pode nos
servir de refúgio num primeiro momento, porém nada pode nos assegurar que não
estamos apenas diante de alguma outra falácia “popular”.
Por fim, descobrimos um porto seguro: as
Escolas de Iniciação. Começamos por nos purificar fisicamente e a servir, e
depois a praticar iogas e meditação. Isto não assegura ainda a imortalidade,
mas nos coloca no caminho. Doravante, as coisas dependem acima de tudo apenas
de nós mesmos.
Por regra, esta senda começa em torno dos
dezoito anos de idade (experiências anteriores serão computadas como
pré-iniciáticas), quando o corpo adquire plena maturidade, o indivíduo se torna
“responsável” ante a sociedade e a pessoa recebe um chamamento interno especial
–a vocação- se realmente estiver a isto destinado.
Sem saber, esta iniciação já o coloca –paradoxalmente-
numa espécie de “corredor da morte”. Lá na frente, pode haver uma iniciação que
o põe face a face com a morte, sempre e quando ele realize as preparações
necessárias para tal. E nisto ele pode vencer ou ser derrotado.
O tempo cósmico é uma espiral –ou uma sequência
delas-, e na Senda ele reativa esta energia para se fechar num dado momento,
levando-o para outras dimensões em consciência, ou destruindo-o totalmente.
Tudo dependerá da sua preparação e empenho.
Esta provação é chamada de “crucificação
espiritual” (como sucedeu na dramatização histórica do Cristo e na iluminação
do Buda), e ocorre em torno dos 30 anos de idade, assinalando o “retorno de
Saturno”, planeta do carma e do elemento Terra. E nisto ele terá percorrido ademais
doze anos de iniciação, ciclo que corresponde por sua vez ao de Júpiter,
planeta chamado Guru (“dissipador das
trevas”) na Índia. Ao reunir ambos os planetas clássicos “coletivos”, nesta
iluminação que traz a ascensão de Kundalini, ele penetra numa dimensão grupal
de evolução e supera os planos pessoais dos Elementos naturais, rumando para a
Quintessência. Eis a imortalidade por fim!
Aqui temos descrito, pois, os passos de uma
iniciação ideal ou arquetípica. Trata-se da senda dos avatares e dos grandes
mestres da humanidade. Após a iluminação, que obtém vencendo esta prova, ele
pode seguir evoluindo por caminhos supra-humanos e adquirir vários graus de
maestria e a liberação crescente nos planos cósmicos.
Que o sacrifício deste brasileiro nos faça
recordar, pois, das grandes provas desta vida e das possibilidades verdadeiras
de libertação, especialmente aquelas que se abrem na nova humanidade pós-2012
(sexta raça-raiz) quando estas conquistas estarão acessíveis a “todos”, e já
sem as grandes dificuldades do passado por se tratar doravante de tema das
Escolas de Iluminação e não mais matéria para seletos e abnegados autodidatas.
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